O FDA, órgão americano de controle de alimentos e medicamentos (sigla em inglês para Food and Drug Administration), anunciou nesta segunda-feira (16) a liberação do novo uso do Truvada, feito pelo laboratório Gilead Sciences. Trata-se da primeira pílula que ajuda a prevenir o HIV em alguns grupos de risco.
De acordo com a agência, a droga deve ser usada uma vez por dia e combinada com práticas de sexo seguro, como uso de camisinha e testes regulares de HIV. Ela é indicada para quem está em grupo de alto risco de infecção e pode ter relacionamentos sexuais com parceiros infectados pelo vírus.
Antes da aprovação do medicamento, foram feitos dois amplos testes clínicos, que mostraram redução significativa no risco de contaminação com HIV. Ele baixou o risco em 42% em um grupo de 2.500 gays e homens bissexuais, além de mulheres transexuais, de um estudo patrocinado pelo Instituto Nacional de Saúde americano. Em outro, feito pela Universidade de Washington, com 4.800 casais heterossexuais em que apenas um dos parceiros tinha HIV, o índice de prevenção foi ainda maior: 75%.
A pílula já era usada desde 2004, em combinação com outros medicamentos, para tratar adultos e crianças acima de 12 anos infectados com o vírus.
De acordo com o site do fabricante, o Truvada torna mais difícil a multiplicação do HIV-1, o tipo mais comum. Ele ajuda a bloquear, no organismo, uma enzima que é necessária para a replicação do vírus. A droga pode ainda ajudar a aumentar o número de células do sistema imunológico, chamadas células T ou CD4.
Entre os efeitos colaterais do Truvada estão os que atingem ossos e rins. Apesar de serem pequenos e reversíveis, o FDA alerta para necessidade de monitoramento em pessoas com histórico de doenças ósseas ou renais.
Fonte: Revista Época
Resta saber se isto é mesmo eficiente, ou se é mais um golpe de mestre da indústria farmacêutica que tem feito uma verdadeira fortuna com a AIDS.
Denise Trugillo.
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